Bombardeamento

O início das hostilidades foi marcado por um bombardeamento Inglês bem-sucedido. Uma bateria de canhões de 12 libras foi instalada perto dos moinhos da Roliça e começou a disparar para o sítio, distante de cerca 900 m, em que a Estrada Real, dando uma curva, começa a subir na direção de Azambujeira-dos-Carros. Sobre rampas de terreno com uma inclinação moderada, estavam posicionados um regimento Suíço da brigada do general Thomières, habitualmente aquartelado na fortaleza de Peniche. No lugar, encontrava-se também naquela altura o general Delaborde.

Segundo a narração do capitão do Royal Egineers Corps, George Landmann , o tiro foi bem-sucedido: duas salvas bastaram para deitar para o chão, como pinos de bowling, muitos soldados do inimigo. Entre eles o próprio general Delaborde, ferido ao pescoço – o qual, contudo, manteve-se na cabeça das suas tropas, dando um exemplo de firmeza e coragem galvanizador.

Foi nesta ocasião que foram ensaiados pela artilharia Britânica os obuses a fragmentação recentemente inventados “Schrapnell”: esferas metálicas ocas, enchidas com partículas metálicas e com uma ignição própria provocando a sua explosão pouco antes de atingir o alvo. A dispersão dos fragmentos metálicos provoca danos consideráveis entre as fileiras opostas.

Os Franceses responderam a este bombardeamento com alguns tiros de artilharia, também bem dirigido, mas que não causaram outros danos, ao ler as memórias de George Landmann, com o susto de “um camponês atrevido”.